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  • 1 de setembro de 2017

Brasil cresce 0,2% no 2º trimestre, mostra IBGE, melhor que o esperado

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO – O Brasil cresceu mais do que o esperado no segundo trimestre diante da recuperação do consumo das famílias em meio ao cenário de inflação e juros em queda, mas os investimentos produtivos continuaram caindo, evidenciando que a recuperação da atividade será gradual.

O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 0,2% entre abril e junho passados sobre os três meses anteriores, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

A boa surpresa também veio na comparação com o segundo trimestre de 2016, com o PIB crescendo 0,3%, o primeiro resultado anual positivo desde o primeiro trimestre de 2014 (+3,5%).

Pesquisa da Reuters apontava que a economia cresceria 0,1% entre abril e junho na comparação com o trimestre anterior e ficaria estagnada sobre o segundo trimestre de 2016.

No primeiro trimestre deste ano, o Brasil havia crescido 1% sobre o período imediatamente anterior, interrompendo dois anos seguidos de recessão devido à forte expansão do setor agropecuário, mas com os investimentos produtivos ainda em queda.

Entre abril e junho passado, o consumo das famílias foi o grande destaque, com expansão de 1,4% sobre o primeiro trimestre, primeiro crescimento após nove trimestres e movimento que pode sugerir que a recuperação econômica continua nos trilhos. Sobre o mesmo período de 2016, o consumo cresceu 0,7%, ainda segundo o IBGE.

Inflação em queda livre e juros básicos cada vez menores explicam a recuperação do consumo, cenário que deve continuar nos próximos meses. Neste cenário, o setor de serviços também foi destaque positivo, com expansão de 0,6% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, mas na variação anual, mostrou queda de 0,3%.

O investimento, no entanto, continuou em contração no trimestre passado, sinal de que o crescimento deve ser bastante gradual daqui para frente diante do forte endividamento e excesso de capacidade.

Segundo o IBGE, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) recuou 0,7% na comparação com janeiro a março e despencou 6,5% sobre um ano antes.

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