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  • 22 de janeiro de 2018

Economistas melhoram projeção para déficit primário em 2018 e 2019, aponta relatório da Fazenda

BRASÍLIA – O mercado financeiro reduziu sua previsão para o rombo das contas públicas em 2018. O Prisma Fiscal (pesquisa mensal feita pelo Ministério da fazenda com analistas sobre os indicadores das finanças do governo) de janeiro mostra que a estimativa para o déficit primário deste ano passou para R$ 153,9 bilhões, contra R$ 155 bilhões no levantamento do mês anterior. O novo Prisma, o primeiro do ano, também passou a trazer a projeção dos analistas para 2019: déficit primário de R$ 120,9 bilhões.

O número de 2018 é mais otimista do que a meta fixada pela equipe econômica para o ano, de déficit de R$ 159 bilhões. O mercado também espera um valor melhor do que o projetado pelos técnicos do governo para o próximo ano, que é um rombo de R$ 129 bilhões.

O Prisma também traz a projeção para o comportamento das receitas, despesas e para a dívida bruta (principal indicador de solvência observado pelas agências de classificação de risco). Os analistas esperam que o endividamento bruto termine 2018 em 76% do Produto Interno Bruto (PIB). No mês anterior, esse número era maior: 77,2% do PIB. Para 2019, a estimativa é ainda maior, o que piora a imagem do país: 78,39% do PIB.

O mercado também mostrou mais otimismo em relação ao comportamento da arrecadação em 2018. A projeção subiu de R$ 1,214 trilhão para R$ 1,217 trilhão. Por outro lado, a estimativa de despesa também cresceu: de R$ 1,365 trilhão para R$1,367 trilhão.

Os números de receitas e despesas de 2018 ainda são incertos porque o governo não conseguiu aprovar uma série de medidas que foram encaminhadas ao Congresso no ano passado para fechar as contas deste ano. O executivo enviou ao Legislativo quatro medidas fiscais: o adiantamento do reajuste do funcionalismo de 2018 para 2019, o aumento da contribuição previdenciária dos servidores de 11% para 14%, o cobrança de IR para fundos exclusivos e a reoneração da folha de pagamento das empresas.

No entanto, o adiantamento do reajuste dos servidores e a elevação da contribuição previdenciária foram suspensos por uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). Já a medida provisória (MP) que tributa os Fundos não foi votada em 2017 e, portanto, não pode vigorar em 2018. Já a reoneração ainda está em tramitação.

Fonte: oglobo.globo.com – 19/01/2018